Prevalência do Bruxismo

A prevalência do bruxismo na população geral apresenta ampla variação, principalmente em função dos critérios diagnósticos utilizados e dos métodos de avaliação empregados. Estudos epidemiológicos indicam que o bruxismo em vigília acomete aproximadamente 20% a 30% da população adulta, sendo frequentemente associado a fatores psicossociais como estresse e ansiedade [1,2].

Já o bruxismo do sono, quando avaliado por meio de questionários autorreferidos, apresenta prevalência de 8% a 16% em adultos jovens [3]. No entanto, quando são utilizados métodos mais objetivos, como a polissonografia com registro eletromiográfico dos músculos mastigatórios, essa taxa é reduzida para cerca de 7% a 8% [4].

Em crianças e adolescentes, a prevalência do bruxismo do sono pode atingir até 35%, dependendo da faixa etária e do método de diagnóstico [5]. Em contraste, entre idosos, os índices de bruxismo são consideravelmente menores, frequentemente inferiores a 5%, possivelmente devido a alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento [6].

Quanto à distribuição por sexo, embora alguns estudos sugiram uma leve predominância feminina no bruxismo em vigília, o bruxismo do sono apresenta uma distribuição mais homogênea entre homens e mulheres [7].

Fatores como comorbidades psiquiátricas, distúrbios do sono, uso de medicamentos e características genéticas também influenciam a prevalência da condição [8].


Referências

  1. Manfredini D, Winocur E, Guarda-Nardini L, Paesani D, Lobbezoo F. Epidemiology of bruxism in adults: A systematic review of the literature. J Orofac Pain. 2013;27(2):99-110.
  2. Melo G, Duarte J, Pauletto P, Porporatti AL, Stuginski-Barbosa J, Winocur E, et al. Bruxism: An umbrella review of systematic reviews. J Oral Rehabil. 2019;46(7):666-690.
  3. Lobbezoo F, Ahlberg J, Glaros AG, et al. Bruxism defined and graded: An international consensus. J Oral Rehabil. 2013;40(1):2-4.
  4. Lobbezoo F, Ahlberg J, Raphael KG, et al. International consensus on the assessment of bruxism: Report of a work in progress. J Oral Rehabil. 2018;45(11):837-844.
  5. Restrepo CC, Vásquez LM, Alvarez C, Valencia I. Effects of psychological interventions on bruxism in children: A systematic review. J Oral Rehabil. 2019;46(8):817-823.
  6. Ohayon MM, Li KK, Guilleminault C. Risk factors for sleep bruxism in the general population. Chest. 2001;119(1):53-61.
  7. Wieckiewicz M, Paradowska-Stolarz A, Wieckiewicz W. Psychosocial aspects of bruxism: The most paramount factor influencing teeth grinding. Biomed Res Int. 2014;2014:469187.
  8. Carra MC, Huynh N, Fleury B, Lavigne GJ. Sleep bruxism: A comprehensive overview for the dental clinician interested in sleep medicine. Dent Clin North Am. 2012;56(2):387-413.

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