Redução da Expectativa de Vida em Pacientes com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS)

A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um distúrbio respiratório crônico associado a consequências graves para a saúde quando não tratada. Evidências demonstram que a AOS aumenta significativamente o risco de mortalidade geral e cardiovascular. Abaixo, destacam-se os principais achados da literatura científica.


1. Aumento da mortalidade em AOS não tratada:

Estudos clássicos mostraram que pacientes com AOS moderada a grave que não recebem tratamento apresentam uma taxa de mortalidade anual entre 11% e 13%, principalmente por causas cardiovasculares.
Fonte: Marin JM et al. Lancet. 2005;365(9464):1046-1053.


2. Risco aumentado de morte súbita:

A AOS está associada a um risco significativamente maior de morte súbita, especialmente durante o sono, com maior incidência entre meia-noite e 6h da manhã.
Fonte: Gami AS et al. J Am Coll Cardiol. 2013;62(7):610–616.


3. Redução da expectativa de vida:

Pacientes com AOS grave apresentam uma redução significativa na expectativa de vida quando não tratados. Estudos de longo prazo indicam que essa redução pode variar entre 6 e 15 anos, dependendo do grau da apneia e da presença de fatores de risco cardiovasculares e metabólicos associados. A perda mais acentuada é observada em homens de meia-idade com AOS grave e comorbidades como hipertensão, obesidade e diabetes tipo 2.
Fontes:
– Young T et al. Sleep. 2008;31(8):1071–1078.
– Marshall NS et al. Sleep. 2008;31(8):1079–1085.
– Punjabi NM et al. Am J Respir Crit Care Med. 2009;179(6):539–544.
– Gami AS et al. J Am Coll Cardiol. 2013;62(7):610–616.


4. AOS acelera o envelhecimento biológico:

Estudos com biomarcadores mostraram que a AOS grave pode equivaler a até dez anos de envelhecimento biológico acelerado.
Fonte: Gharib SA et al. Sleep. 2021;44(2):zsaa136.


5. Tratamento com CPAP reduz mortalidade:

O uso contínuo do CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) reduz significativamente a mortalidade cardiovascular e melhora parâmetros metabólicos, qualidade de vida e função neurocognitiva.
Fonte: Campos-Rodriguez F et al. Ann Intern Med. 2012;156(2):115–122.

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